BIG QUIT ou GREAT RESIGNATION: Você ou a sua empresa estão atentos a esse fenômeno? - nw2

BIG QUIT ou GREAT RESIGNATION: Você ou a sua empresa estão atentos a esse fenômeno?

por Alessandra Cruz

uando falamos sobre novas relações de trabalho e a importância de se atentar às necessidades da nova economia, não é à toa. Atualmente, existe um grande movimento de pedidos de demissão voluntária que começou nos Estados Unidos, França, China e agora chegou no Brasil.

Big Quit, Great Resignation ou “A grande debandada” (para os brasileiros) é a nova tendência econômica do mercado de trabalho. Apesar de estarmos vivendo um outro paralelo econômico de desaceleração do mercado de Venture Capitals, o “Economic Downturn” (clique aqui para saber mais) e que tem motivado grandes demissões em massas de algumas startups, a “grande debandada” já é uma realidade no Brasil na maioria das empresas.

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Segundo a LCA Consultores, o Brasil bateu recorde de pedidos de demissão nos últimos 12 meses, chegando a quase 6,2 milhões, mesmo em um cenário difícil para o mercado de trabalho pós pandemia. Nessa mesma análise, a LCA mostra que foram 6.175.088 pedidos entre junho de 2021 e maio de 2022, dados que devem criar um senso de alerta nas organizações.

Vamos listar alguns fatos que têm contribuído para esse movimento e dar algumas dicas de como minimizar os impactos:

1. Acabar com a “brincadeira” do Home Office

Um dos grandes motivos desse movimento é a não adaptação da organização aos modelos de trabalho, como o Home Office. Muitas empresas têm abandonado esse modelo após a pandemia, mesmo ele tendo mostrado sua eficiência. Nesse aspecto, a nossa dica é que para sair na frente na retenção e atração de talentos, as organizações precisam se preocupar em evoluir a flexibilização e organização desse modelo de trabalho, não acabar com ele.

– Como disse a atual CEO da Microsoft: “Quem falar que acabou a “brincadeira” do Home Office, vai perder gente!”

2. Busca por um ambiente de trabalho saudável para trabalhar

Entre as principais mudanças da nova economia, está a valorização de uma vida mais equilibrada entre as áreas profissionais e pessoais. As novas gerações não se interessam mais apenas por alcançar grandes remunerações, mas também pelo alcance de realizações na vida pessoal. O trabalho passou a ser visto como um meio para isso, não como o todo. 

Culturas tóxicas e com excesso de pressão por inovação, atingimento de metas e resultados acima de qualquer custo geralmente não contribuem para que haja esse equilíbrio. Portanto, as pessoas passam a priorizar organizações que são mais flexíveis e saudáveis para se trabalhar.

Nossa dica aqui é que o investimento em ações e benefícios com foco na saúde física e mental do time deve estar nas prioridades das organizações.

3. Falta de visão de crescimento e desenvolvimento

Os profissionais também querem saber como podem crescer e se desenvolver dentro das organizações. Isso inclui ter lideranças preparadas para ter essas conversas e de um plano de carreira estruturado para apoiá-las na construção desse desenvolvimento contínuo.

Entregar um produto de carreira alinhado à realidade da empresa e que é capaz de ajudar as lideranças nesse processo deve ser um dos objetivos da área de RH.

4. Sentimento de insegurança com a organização

Outro aspecto bem pontuado por Maiti Junqueira neste post do InfoMoney, é a insegurança com a organização. “Os profissionais estão menos dispostos a viver com instabilidade depois de dois anos de pandemia. Então uma empresa que está passando por um processo de fusão, de aquisição ou que está segurando investimentos, pode sofrer debandadas”, disse Junqueira.

Para reduzir esse sentimento, é essencial que as lideranças da organização sejam transparentes, verdadeiras e façam comunicações frequentes com os times a respeito das mudanças que podem acontecer.

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Quando falamos de New Ways Of Working, estamos valorizando novos modelos de trabalho que precisam ser identificados e adequados às organizações. Afinal, já estamos em um novo capítulo da jornada de trabalho. É preciso olhar para os fatos e dados da “Grande Debandada” e repensar:

– Como estão organizados os modelos e jornadas de trabalho? Existem opções flexíveis para as pessoas?

– Existem iniciativas, políticas e benefícios que contribuem para o ambiente de trabalho ser saudável?

– Como está a carga de trabalho dos colaboradores?

– Existem programas de apoio ao desenvolvimento da liderança? Elas estão preparadas para essa nova economia?

– O discurso da organização é transparente e coerente com a realidade ou são comunicações que protegem o time de momentos difíceis?

Essas são algumas perguntas que podem apoiar você e a sua organização a refletirem sobre as mudanças que precisam ser feitas dentro do que é esperado nesse novo mercado de trabalho pós pandemia. 

Alessandra Cruz

Alessandra Cruz

Começou a carreira estudando arquitetura e design, mas há mais de 8 anos se encontrou na área de Gestão de Pessoas e vêm nessa crescente apaixonante do RH! Conheça mais a Alê
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