Quando falamos de transformação digital nas empresas isso não tem relação apenas com máquinas, novas tecnologias e automação, é preciso que as pessoas acompanhem essas transformações.
A capacidade de se transformar e de se reinventar é o que faz as empresas já estabelecidas sobreviverem.
Isso vai muito além de reinventar produtos, soluções ou modelo de negócio.
É a capacidade de se reinventar enquanto profissional, gestor, líder!
Se transformando, consigo a cultura da organização.
Nessa nova economia, a área de Recursos Humanos tem alguns papéis estratégicos, que nem de longe lembram a burocracia existente na área no passado.
Transformação Digital e o futuro do trabalho é sobre PESSOAS!
E isso coloca a área de Recursos Humanos como protagonista.
A área precisa, além de estar atenta às transformações rápidas da sociedade, e olhar para os colaboradores para que se tenha times alinhados, engajados e preparados para os desafios do dia a dia de trabalho.
Confira a seguir alguns dos papéis do RH nesse contexto:
1. Ser um RH mais conectado com o mundo
“O perfil do profissional de RH deve ser conectado ao que acontece ao redor do mundo, e não somente a sua área de atuação”, segundo Milena Almeida, da Oracle Brasil.
Por isso esse é o papel que trazemos primeiro.
É preciso estar conectado, acompanhar as tendências e o surgimento de novas tecnologias e soluções.
Em um mundo que é hiperconectado, focar apenas em sua área de atuação ou na sua função e cargo pode ser considerado um atraso para a carreira profissional e para a empresa.
2. Conhecer e aplicar novos modelos de trabalho
No mundo frágil, ansioso, não linear e incompreensível que vivemos (mundo BANI) a estabilidade dos empregos e carreiras deu lugar para a flexibilização das organizações e modelos de trabalho.
Aquele trabalho convencional, presencial, hierárquico e bem definido que conhecemos um dia, está cada vez mais distante.
E cabe principalmente ao RH entender esse movimento, conhecer as alternativas e aproveitá-las da melhor forma nas empresas.
Além disso, as pessoas e organizações precisam se adaptar para enfrentar os desafios trazidos pelos novos modelos de trabalho, que envolvem por exemplo manter o bem estar e engajamento dos times mesmo à distância.
3. Focar nas pessoas
As pessoas são o bem mais valioso que uma empresa tem.
É papel do RH propor estratégias com foco em employee experience.
Medir o impacto dos investimentos realizados na melhoria da experiência e possuir um EVP que comunique a experiência do colaborador prometida pela organização.
Em meio à mudança para o trabalho remoto e modelos híbridos de forma e trabalho, o RH deve preservar a cultura da empresa.
E desta forma, garantir que a experiência do colaborador corresponda às expectativas e necessidades dos funcionários.
Outro ponto importante é o entendimento das novas necessidades e expectativas dos colaboradores neste novo contexto, o que impacta na mudança do EVP (employee value proposition ou, em português, proposta de valor ao empregado) das organizações.
- Saúde mental;
- Propósito;
- Responsabilidade social
São agora componentes essenciais da proposta de valor.
Com o foco em pessoas, atrair, engajar e capacitar talentos permanece como um dos papéis fundamentais do RH.
4. Fomentar e apoiar a Cultura de aprendizado contínuo
A cultura do aprendizado contínuo se torna cada dia mais urgente nas empresas, na era em que a informação disponível cresce exponencialmente.
Hoje não é mais saudável que o conhecimento fique concentrado em poucos mais experientes nas empresas.
O conhecimento se democratizou e está disponível a todos.
As empresas que não tiverem a cultura do aprendizado não conseguirão se manter ou evoluir.
E o papel do RH nesse sentido é tanto fomentar essa cultura quanto utilizar a tecnologia a seu favor. A grande oportunidade do RH é utilizar tecnologias no avanço da gestão de pessoas, e não só no apoio.
5. Apoiar a mudança cultural
Todas as organizações estão passando por transformações significativas e quase 40% dos líderes de RH não acreditam que seus gestores estejam preparados para liderar a mudança, segundo pesquisa da IBM.
Cada cultura é única e construída de acordo com cada contexto organizacional.
O desafio aqui é criar um design organizacional no qual os colaboradores possam ser responsivos, respondendo rapidamente às necessidades dos clientes (ou usuários, consumidores e colaboradores) e resilientes, para que possam se recuperar e prosperar depois de situações adversas.
Trata-se de uma mudança significativa: do design para eficiência para o design para flexibilidade. E além disso apoiar e promover a transição digital e a valorização de novos hábitos, valores e competências.
6. Investir em tecnologia
Ferramentas digitais já se tornaram indispensáveis. Mas quais ferramentas melhor se encaixam na realidade da sua empresa? Quais tecnologias fazem sentido para o seu negócio?
A tecnologia precisa deixar de ser um recurso que apoia as empresas, e passar a ser um recurso que as ajuda a avançar.
Automação e inteligência artificial são até agora as tecnologias mais comuns utilizadas nas empresas e cabe ao RH tanto conhecer novas tecnologias no mercado como incentivar a essa cultura para todos os colaboradores.
RH, do engajamento à produtividade, abrace a tecnologia!
7. Valorizar a diversidade
Uma equipe formada por pessoas de diferentes formações, gêneros, raças, experiências e ideias é mais instigante e constrói um ambiente organizacional propício ao crescimento pessoal e profissional dos próprios colaboradores.
Com tantas perspectivas, as possibilidades de solucionar um problema e de inovar também aumentam.
São experiências, conhecimentos e perspectivas que somam e se complementam e essas pessoas diversas podem trazer contribuições aos negócios diferentes das do passado.
E esse é mais um processo de aprendizagem.
Para ter um ambiente representativo e inclusivo é preciso trabalhar ativamente com esse objetivo de envolver a liderança da empresa também.
8. Desenvolver e capacitar líderes
Faz parte do caráter propositivo e estratégico do RH entender as necessidades de desenvolvimento da liderança também.
É o olhar sistêmico e focado nas pessoas que o RH tem que permite que ele entenda e trace estratégias de desenvolvimento e capacitação da sua liderança.
Apesar da atenção e esforços para aumento da diversidade nas organizações, o progresso tem sido devagar e pouco significativo quando falamos de liderança.
Isso precisa mudar e esse será um dos focos dos líderes de RH para 2021. Uma liderança diversa traz ganhos principalmente em inovação nas equipes.
O quanto o RH da sua empresa se identifica com essas características?
Já são papéis de atuação do RH na sua empresa?
Se ainda não, o que impede essa atualização e visão de futuro?