Entenda como profissionais de Recursos Humanos que fizerem experimentos com Inteligência Artificial (I.A) terão um diferencial competitivo no mercado
Imagine o seguinte cenário:
um trabalhador é convidado a participar de um processo seletivo em uma empresa.
Ele envia seu currículo, é selecionado, faz alguns testes, passa por uma ou duas entrevistas, realiza dinâmicas comportamentais e é finalmente admitido.
Hoje, toda essa jornada pode durar semanas ou meses.
Amanhã, com o rápido avanço das pesquisas em inteligência artificial, organizações poderão contratar um funcionário em menos de 24 horas.
E o melhor: com uma taxa de retenção superior às atuais.
Essa mudança, diga-se de passagem, já está em curso no mundo – e a razão para isso é simples: a área de aquisição e retenção de talentos de um RH é a que mais custa tempo e dinheiro às empresas.
Recrutar pessoas é um quebra-cabeça difícil de resolver.
Por mais organizado que seja o processo de seleção, não há garantias de que o contratado desempenhará um bom serviço.
E mesmo que atenda às expectativas, mais difícil ainda será mantê-lo engajado.
Solucionar esse problema, portanto, é benefício a empresas e a pessoas.
Uma pesquisa do Instituto Internacional para Desenvolvimento de Gestão (IMD), sediado na Suíça, mostrou que, em 2022, o Brasil ficou na 57ª posição no ranking dos países que mais atraem e retêm talentos.
Das 63 nações avaliadas, 41 não conseguiram melhorar sua pontuação em relação ao ano anterior.
Como se vê, não se trata de uma dificuldade brasileira somente.
E é por isso que empresas do mundo todo têm apostado na IA para resolver essa questão.
Hoje já existem tecnologias capazes de, entre outras coisas, filtrar currículos com base em análise semântica, criar anúncios de vagas a partir palavras-chave, compreender e categorizar vídeos e entrevistar candidatos.
Na área de retenção de talentos, vai ainda mais longe.
Já se fala em modelos de linguagem capazes de analisar o humor dos funcionários e seu nível de engajamento a partir do que eles digitam nos dispositivos e canais de comunicação das empresas.
Assim, será possível ler textos e diálogos internos para perceber o uso de palavras que demonstrem mais motivação ou menos engajamento, suscitando ações que resultem em um ambiente mais acolhedor e empático.
Um levantamento da Eightfold (HR’s future state report 2021) – plataforma de IA para Recursos Humanos, feito com gestores da área mostrou, que 82% deles já acreditavam que o RH iria incorporar mais ferramentas de inteligência artificial para buscar e gerir talentos no curto prazo.
Em 2024, após a explosão do ChatGPT e da proliferação diária de novas soluções em IA, esse percentualmente certamente já é maior.
E é por isso que é tão importante os RHs começarem, desde já, a experimentar a tecnologia.
A AI será o grande disruptor do setor nos próximos anos.
O trabalho em recursos humanos ainda é altamente burocrático e processual, impedindo que ele olhe com mais atenção para o negócio e, em especial, para as pessoas.
Com a IA, o profissional de RH será mais do que um mero colecionador de queixas e tira-dúvidas sobre benefícios.
Ele poderá, de fato, ser um agente transformador, capaz de desenhar e implementar políticas internas estratégicas que vão atrair e reter os melhores talentos com acuracidade nunca antes vista.
Ao se abrirem para novas tecnologias, empresas ganham um diferencial competitivo, preparando-se para os próximos avanços da IA.
Alguns cenários, inclusive, já são vislumbrados.
Um deles é o monitoramento de indicadores biométricos de colaboradores, o que possibilitará que as organizações respeitem a condição emocional e de saúde dos funcionários, evitando o risco de criar um ambiente tóxico ou de exagerada pressão.
Nos processos de seleção, uma pessoa saberá se é compatível culturalmente ou não com uma empresa com um simples clique, pois todo seu histórico profissional será facilmente acessado pela inteligência artificial para traçar seu perfil, poupando tempo para ambos os lados e evitando aquela situação em que o candidato fica ansioso para saber se foi bem ou não.
“No meu tempo, a gente mandava currículo” será uma das frases mais ouvidas em 50 anos.
O futuro da inteligência artificial, portanto, é promissor.
Cabe às lideranças de RH criar um ambiente de adaptação e experimentação da tecnologia para que as empresas estejam prontas para quando a revolução chegar.
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