Ainda sobre o #dia1 do #SXSW, tivemos o privilégio de ouvir Tarana Burke, a precursora do movimento social #metoo, na palestra “Featured Session: #Metoo: The Power of a Platform, 5 Years Later”. Compartilhando a experiência da plataforma, que é fruto de um movimento que começou no twitter, para suporte e acolhimento às mulheres que sofreram os mais diferentes tipos de abuso no ambiente de trabalho. Mas aqui, mais do que falar da plataforma e de todo o branding empático envolvido na sua construção compartilhado por ela, queremos trazer os insights sobre cultura e Diversidade & Inclusão (D&I) que vimos neste painel.
Tarana afirma que nós “precisamos criar espaços para as pessoas aprenderem com outras pessoas, outras culturas e aprenderem a conviver com a diversidade”. Há pessoas que estão de fato abertas para se desenvolverem nessa temática, enquanto outras demonstram interesse no assunto, mas que por outras motivações não estão genuinamente abertas para mudarem.
Além disso, ela trouxe vários questionamentos sobre organizações com culturas antirracistas, mas que não fazem nada a respeito. Pontuou assuntos relacionados ao combate às culturas empresariais tóxicas e como podemos fazer um cascateamento de boas práticas culturais para as pessoas, e ainda sobre o papel fundamental que a liderança precisa assumir para obter resultados tangíveis. O grande desafio é ser uma empresa diversa e inclusiva para TODAS as pessoas.
E mais, Tanara também trouxe a importância de utilizar a internet e redes sociais como aliadas na propagação dessa cultura, e compartilhou como a experiência do #metoomovement alcançou novos patamares através do impulsionamento das pessoas. Mas além da internet, ela compartilha que o movimento só ficou conhecido devido ao seu trabalho de viajar pela maior quantidade de lugares possíveis para apresentar o movimento e trazer mais pessoas. Tudo é sobre o poder da comunidade.
Mas como podemos começar?
- Nós precisamos criar espaços para as pessoas aprenderem com outras pessoas, culturas e a conviver com a diversidade;
- É importante criar uma cultura empresarial que fale abertamente sobre D&I – e isso só será levado a sério quando as pessoas se sentirem afetadas de verdade sobre esse assunto, como, por exemplo, ter metas relacionadas ao tema;
- Você ganha maior notoriedade quando encoraja as pessoas dentro da organização a se colocarem no lugar de aprendizes sobre o assunto para compartilharem e entenderem seus erros sobre D&I;
- Esse não é um erro ou defeito exclusivamente das empresas, mas sim uma falha da humanidade – enquanto não falarmos e naturalizamos sobre questões de D&I, esse problema continuará permeando as organizações;
- Se você quer ser uma pessoa antirracista, antes de tudo você precisa se importar genuinamente. Você precisa ser “humano” com quem você trabalha, senão será uma pessoa que fala de forma vazia sobre o assunto, ou seja, que apenas levanta a bandeira sem propósito e sem conexão.
Agora o mais importante, D&I não deve ser apenas uma iniciativa, mas sim uma cultura corporativa. “D&I não é uma iniciativa. Precisa ser vivido em todas as áreas da companhia. D&I tem que ser prioridade de quem recolhe o lixo até o c-level, e o orçamento de uma empresa deveria refletir isso. Leve a sério”.
Depois de todas essas reflexões, você consegue avaliar como está a cultura de D&I na sua empresa?
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