IA, Automação e Futuro do Trabalho- nw2

O que vimos no #SXSW sobre IA, automação, internet e futuro do Trabalho com Amy Webb

por Equipe nw2

Amy Webb é sempre uma das palestrantes mais esperadas no SXSW devido à sua tradição de lançamento do Relatório de Tendências Tecnológicas do Future Today Institute e seus insights que provocam aquela sensação de “cabeça explodindo” com tantas informações para processar e refletir. 

A primeira provocação de Amy começou pelo material entregue aos participantes com uma arte de ilusão de ótica muito utilizada nos anos 90 (e claro, garantimos o nosso – como você pode conferir na imagem).

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Dani e Cris com “Amy Webb 2023 Tech Trends”

Na capa, uma imagem borrada com um padrão de pontos aparentemente aleatórios, mas que quando o foco do nosso olhar se ajusta é possível ver com clareza uma imagem escondida. E com essa analogia ela revela o tema principal do relatório de tendências de 2023: FOCO

FOCO NA CONVERGÊNCIA:

Olhar para as tendência de modo isolado faz o mundo atual parecer caótico devido à grande quantidade de evoluções tecnológicas que estão surgindo, especialmente após a pandemia. Porém, quando treinamos nosso olhar para buscar convergência entre as tendências, conseguimos identificar as que de fato importam.

“Precisamos treinar nossos olhos para buscar novos padrões. Aqueles que importam, não são identificados por pontos individuais, mas sim pela convergência entre as informações” diz Amy.

A futurista também apresentou uma ferramenta chamada “ADM” (Agir, Decidir e Monitorar) para nos ajudar a priorizar e analisar as tendências e cenários do seu relatório ao invés de assisti-las como meros espectadores.

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Reprodução ferramenta “ADM” de Amy Webb
  • AGIR (risco sem ação): 

Quais tendências e cenários necessitam de ação e podem apresentar sérios riscos se nada for feito?

  • DECIDIR (risco ou oportunidade no curto prazo): 

Quais tendências e cenários envolvem decisões que podem apresentar riscos ou oportunidades no curto prazo?

  • MONITORAR (risco ou oportunidade no longo prazo):

 Quais tendências e cenários precisamos monitorar considerando que podem apresentar riscos ou oportunidades no longo prazo?

Durante a apresentação, Amy perpassa por todas 35 tendências, mas o ponto principal que ela traz é como elas estão interagindo e convergindo, e também compartilhou alguns cenários que podem impactar as empresas e a sociedade como um todo. 

Ela chama a atenção para a imagem do seu novo relatório de tendências, onde classifica o impacto de novas tecnologias em termos de curto a longo prazo em diversos segmentos. E a conclusão é que, cedo ou tarde, todas as áreas e empresas serão atingidas por essas inovações.

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Reproduzida de ‘2023 Tech Trends Report Executive Summary’ do @FutureTodayInstitute

Mas agora é quem vem a “bomba”:

A internet como conhecemos já era! 

Estamos em um momento de transição para um novo tipo de internet que será baseada em #InteligênciaArtificial e modelos multimodais que serão incorporados em experiências digitais. Ferramentas como geradores de textos, vídeos, imagens e áudios vão evoluir ainda mais e novas máquinas surgirão com a capacidade de captar novos dados como nosso cheiro, sons de animais, músicas ao fundo, entre outros elementos do ambiente. Tudo será dado.

Mas Webb também reforça que, mesmo com todos esses dados, o trabalho ainda é muito mais sobre “estratégia” do que a respeito de “previsões”.

Amy prevê que, entre 10 e 15 anos, viveremos o que ela chamou de #AISMOSIS, termo que une AI+OSMOSIS. Essa será a próxima fase da internet, em que a inteligência artificial será capaz de processar dados de qualquer fonte, tornando a tecnologia ainda mais conectada ao nosso cotidiano. E todas essas inovações estão mudando a forma como as informações estão sendo coletadas e compartilhadas. Nós já produzimos milhares de dados há algum tempo, que tem se transformado em informações riquíssimas sobre as pessoas. 

Mas como isso tem sido utilizado?

Para treinar algoritmos a entender cada vez mais sobre nós e oferecer produtos e serviços ainda mais “a nossa cara”, nos levando para uma nova “era da personalização”. Todas essas mudanças vão impactar significativamente toda a estrutura da nossa sociedade como conhecemos hoje. 

E como isso vai impactar o mundo do trabalho?

Amy diz que não é possível prever o futuro com precisão, mas que podemos nos preparar utilizando dados e tecnologia para antecipar cenários. Diante disso, fizemos um recorte de 4 temáticas relacionadas às tendências trazidas por ela que vão impactar as organizações.

  1. Dados no trabalho. Em um cenário em que tudo vira dado, como as empresas vão utilizar as inteligências artificiais e os mais variados dados que poderão ser coletados sobre as pessoas dentro das organizações? Como serão analisados e o que será feito a partir dessas informações? Esse assunto ainda envolve muitas discussões éticas para trazer discernimento e direcionar tomadas de decisão sobre o tema.
  2. Automatização de tarefas. A interação entre pessoa e IA já permite facilitar e agilizar muitas atividades do nosso dia a dia, permitindo que tenhamos mais tempo livre para o trabalho intelectual e tomadas de decisão. A utilização das IA necessita da inteligência humana para direcionar comandos, corrigir sua interpretação e personalizar seus outputs. Amy fala sobre o exemplo de criação de uma startup, com o auxílio do chat GPT, traçando missão, visão, valores e plano de negócios. Apesar do resultado de um conteúdo genérico, pontuou que já seria uma ótima base para desenvolver sua versão final, reduzindo assim – e muito – o tempo de trabalho das pessoas nesse processo.
  3. Upskilling. A nova realidade tecnológica que está surgindo também impacta diretamente na necessidade de capacitar todas as pessoas – desde crianças até idosos, perpassando principalmente pelas pessoas no mercado de trabalho – para atuar com as novas ferramentas que modificarão a forma como aprendemos e trabalhamos hoje.
  4. Novos postos de trabalho. Estamos entrando na era da computação assistiva – novas formas de interações básicas com computadores – o que nos faz repensar, também, os espaços onde as pessoas trabalham e as maneiras como nos relacionamos em um futuro muito próximo.

Mas o que acontecerá diante de tantas mudanças?

A criação de cenários ajuda as pessoas a visualizarem o que é plausível e assim construir um futuro desejável. Amy concluiu a palestra convidando a plateia a pensar em dois cenários: um otimista e um catastrófico para 10 anos (2033).

No cenário otimista, o foco adotado no desenvolvimento das tecnologias seria guiado pelo bem comum. A AISMOSIS seria uma realidade, porém com nossos dados sendo tratados como propriedade descentralizada ao invés de centralizada em algumas poucas empresas. Teríamos transparência de como os algoritmos estão sendo treinados e também teríamos o poder de decisão sobre os dados que queremos compartilhar com o objetivo de tornar a nossa vida melhor e mais fácil. 

No cenário catastrófico, o foco adotado seria na criação de uma nova geração de tecnologias guiadas pela maximização do lucro das empresas detentoras desse conhecimento. Neste contexto, o crescimento descontrolado das novas tecnologias pode nos colocar rodeados de informações, porém “empurrando” dados de coisas que não necessariamente queremos consumir. 

Ainda nesse cenário, Amy tocou muitas pessoas trazendo o quão próximo estamos de lidar com uma grande “rachadura”. A divisão social entre as pessoas com acesso e qualificação às novas tecnologias e as pessoas que não tiveram oportunidade de acessá-las pode ser enorme. Então, diante do cenário atual e dessa previsão, o que podemos fazer, enquanto pessoas e empresas, para que essa divisão não se torne realidade? 

“É o fim da internet como nós conhecemos. Tudo é informação e os sistemas irão procurar por nós. É importante perguntar agora: quem serão os vencedores e os perdedores do futuro? O que estaremos entregando?” Amy Webb questiona o público.

Embora o grande peso do cenário pessimista, Amy trouxe uma visão mais otimista sobre o futuro do que em anos anteriores.

A mensagem final é que, nós, enquanto sociedade, temos todas as condições de tornar a relação entre humanos e máquinas totalmente saudável, sem que sejamos dominados ou substituídos pelo poder delas. E para isso, nós precisamos ter foco nos sinais das tendências que nos levarão para esse caminho e que, acima de tudo, precisamos ser “humanos”!

Depois de todas essas reflexões, o seu negócio está se preparando para tantas transformações? Por aqui nós estamos impactadas com tudo que estamos vendo e vivendo no #SXSW2023.

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